Hoje eu queria contar sobre uma viagem que marcou minha vida. Espero que gostem!
Bom, eu e minha família somos do Rio de Janeiro - da GEMA - e sempre amamos nossa Cidade Maravilhosa. Porém tivemos de deixá-la para embarcar numa grande, assustadora e incrível aventura. Para vocês entenderem melhor meu pai é militar e queria muito pedir transferência, ou seja, mudar de quartel ... e de lugar. Então ele pediu. Numa quarta-feira, na madrugada, meu pai estava conferindo o tal boletim que divulga as transferências. Um choque: Tefé, Amazonas. Sim, fomos.
Em janeiro de 2007 fomos para a selva. Primeiro, o aeroporto - aquele chororô da família - entramos no avião... Acho que o voo durou umas 4 ou 5 horas. Bom, até aí tudo bem (na medida do possível). Ao chegarmos em Manaus fomos para um hotel, pois não havia modo de pegarmos um avião para Tefé devido aos urubus. Sim, urubus. A cidade estava infestada! E um avião, dias antes da nossa viagem, quase caíra quando um urubu entrou na turbina e a quebrou. Era pra lá que estávamos indo. Então ... depois de tudo isso tivemos de ir de barco para a cidadezinha, o qual saiu no dia seguinte, pela manhã.
Bom, meu pai havia nos enganado. Dissera ele que era como um transatlântico. E, para minha decepção era algo inexplicável: era um barco grande e tudo, mas sem nenhum luxo do transatlântico mencionado. Mas ... era o modo de chegarmos lá. Você deve estar se perguntando se era tão ruim assim, né? Pois é. Era, sim. A viagem durou 3 loooooooooongos dias. Após nos depararmos com o freezer de comida desligado e cheio de nossas amiguinhas nojentas, as baratas, vi uma das coisas mais incríveis da minha vida! O encontro das águas: o Rio Negro com o Rio Solimões. A partir daí, só conseguimos admirar a paisagem. Porém, no dia seguinte já estávamos carecas de ver rio, mata e céu. Ah! E as baratas! Mas, apesar disso tudo e de não conseguir tomar banho no chuveiro 'encanado com água do rio', observei as maravilhas daquele lugar. Como se cada detalhe tivesse sido feito e pintado à mão por Deus. Como se Ele tivesse escolhido a dedo cada árvore, cada tronco, cada gota da chuva. Como se fosse Ele que soprasse as ondas do rio. E foi Ele. Eu sei que foi. E a viagem foi se seguindo. Vi as araras, o rio tomado pelos botos, o verde no horizonte, as casas ribeirinhas como se fossem quadros de uma apresentação de arte jamais vista. Foram momentos que não consigo, nem posso esquecer. Nem com as mais belas e poéticas palavras há como descrever. Foi um momento meu, dos meus pais e de minha irmã. Foi o momento em que ficamos juntos. Um momento que não havia palavras, conversas, só olhares. Só admiração. Foi mágico. Era a sensação de ver e viver num paraíso sonhado, desenhado por Deus.
Bom, é isso. Tenho inúmeras histórias para contar. Engraçadas, tristes, enfim, maravilhosas. Mas elas eu conto depois. Comentem, critiquem, elogiem, sugiram, peçam, pois aqui também é lugar de vocês.
Bom dia!
Conte qnd vc chego no CM
ResponderExcluirContarei!
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